segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Freud adiantado

O poeta prtgs Antero de Quental se suicidou em 1891.

O Mestre Sigmund Freud só viria a publica seu livro revolucionário, A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS em 1900/1. Mas este último já tinha consultório onde aplicava suas recém criadas teorias que receberiam o nome de Psicanálise.

Num espetacular livro - publicado anos depois, já no século XX - chamado O MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO, nas últimas considerações do livro encontra-se magnífica constatação do que é o Eros em Freud. Naquelas linhas Freud é de uma originalidade assustadora! E postula que os dois antagonistas eternos são a Morte e o Amor. Visivelmente, a luta da finitude biológica do ser contra a eternidade - ou possibilidade de - dos símbolos criados por nós.

Este post traz um belo poema do escritor prtgs que adiantou um pouco essa constatação de S. Freud. Para o prazer de todos, ei-lo:

Mors-amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável mas plácido no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz "Eu sou a morte",
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor".


2 comentários:

  1. Fiz uma catança aqui neste seu blog e gostei de tudo e tal, mas o bom você guarda a sete chaves, né meZ? Ta certo!! Vai que alguém cate suas ideias.
    Beijocas. Carol.

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  2. Acho que você deveria atualizar isto daqui, Gustavo.

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